To be or not to be?

To be or not to be?

Hoje, com os cursos, com a informação que passa em flecha, quase que em rodapé de notícia, com os opinion maker, com os bloguers, as revistas, enfim, uma série de copos que mexem em torno do tão aclamado néctar dos Deuses, permite ao consumidor mais ou menos atento “consumir” uma boa dose de informação diária acerca do que se passa em torno do Deus Baco.

Hoje, é um facto que todas as grande e pequenas empresas vinícolas, querem ter a sua “jóia do Nilo”, infelizmente nem todas estão dotadas dessa capacidade, mas as que estão, lançam as suas pérolas.

Hoje, há mercados sedentos destas novas “jóias do Nilo”, porque consomem, porque passam a ser status, porque podem ou simplesmente porque querem.

Deixemos o hoje para voltar ao passado, há 20 anos atrás haviam referências que eram inquestionáveis, quer pela sua história, caminho ou posicionamento no mercado, sempre aliadas à sua qualidade no que toca a construir um grande vinho. Neste momento a verdade é que todas as empresas que querem ser grandes, têm de obrigatoriamente ter um topo de gama, e não quer dizer que esse topo de gama seja especificamente bom, mas requer obrigatoriamente que seja caro, caso contrário o mercado não o vai entender como topo de gama. Todas as empresas recentes constroem o seu caminho, é facto. As mais antigas já o construíram e actualmente têm apenas a necessidade de consolidar. A verdadeira pergunta é…a que preço? Valerá a pena consolidar sobre uma base que foi vencedora outrora? Ou manter o que foi construído outrora sem receios da actual necessidade desenfreada do consumidor populista e com poder de compra?

Texto de opinião por Miguel Silva

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Cegos Por Provas

Os Cegos por Provas nasceram através da plataforma Facebook, apaixonados pelo vinho, o grupo desenvolve vários eventos vínicos a nível nacional.