Infantado – Uma Quinta Histórica

Infantado – Uma Quinta Histórica

No Domingo dia 18 de Agosto fomos visitar a Quinta do Infantado, uma quinta histórica com mais de 200 anos, que se situa perto do Pinhão, na zona de Cima-Corgo, em que a paisagem é deslumbrante. João Roseira, uma figura muito peculiar, defensor da cultura biodinâmica e o criador do Simplesmente Vinho, fez-nos uma visita muito completa mostrando a Quinta com destaque para a Adega e Armazém das Barricas e Toneis (têm mais de 100 anos), contando a história da Quinta e do Douro com destaque para a do Vinho do Porto.

Na prova tivemos o auxílio do enólogo Álvaro Roseira e começamos pelos Quinta do Infantado 2015, em que ambos são frescos e elegantes em que a maior diferença é que a do rótulo verde tem menos corpo mas é mais fresco e não se nota a madeira. O Roseira 2013 tem fruta vermelha fresca, sem madeira notória, fresco e final médio longo, enquanto o Quinta do Infantado Reserva 2012 apresenta um aroma a frutas vermelhas e vegetal e que apesar de mais corpo, mantém a frescura e a elegância com um final longo (foi o meu vinho preferido e que bem podia ser um Grande Reserva em virtude da qualidade que tem).

Seguiram-se alguns vinhos do Porto, dos quais destaco o Quinta do Infantado Porto Branco com um bom equilíbrio entre doçura e acidez; Quinta do Infantado LBV 2013 – pouco doce, fresco, com taninos notórios e final longo (o LBV menos doce e mais ao meu gosto que já provei); e o Quinta do Infantado Vintage 2016 que está muito bom mesmo para mim, que gosto muito mais de Tawnys, claro que houve outros que gostaram mais do vintage 2015 ou do 2017.

Durante o magnífico almoço, confecionado pelo próprio João Rosé e essencialmente com produtos da Quinta, provamos ainda o Gouvyas Moscatel Galego (vinho de um projeto do João com o Luís Soares Duarte) que é provavelmente o melhor branco feito desta casta (único vinho branco provado dado que na Quinta do Infantado não se produzem vinhos brancos uma vez que é mais adequada a vinhos do porto e a vinhos tintos), o Quinta do Infantado Reserva 2009 (o preferido de muitos) e o Roseira 2011.

Com as sobremesas e após, como se tivéssemos pouco vinho, o Roseira ainda abriu o Quinta do Infantado Reserva, o Colheita 2010, o Tawny 10 anos e uma magnum do Vintage 1997 que estava num momento de evolução fantástico a dar muito prazer. Os vinhos do Porto da Quinta do Infantado são um pouco menos doces do que o normal e, tal como os vinhos não licorosos, são frescos e elegantes.

Foi uma magnífica visita que valeu pela história, convívio, paisagens e vinhos, em que o João Roseira foi um excelente anfitrião!

Texto por Duarte Silva

Categorias Wine Experience
Tags: douro

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