Provas de Duarte & Companhia #16

Provas de Duarte & Companhia #16

Grande almoço com um bom amigo dos tempos da faculdade em que se começou com um espumante que adoro. O Vinha Formal 2010 do Luis Pato tem uma tonalidade alaranjada, aroma com suaves notas fumadas, biscoito e algum fruto vermelho em que a bolha não é muita mas é fina e a boca é cítrica, fresca e com complexidade. O Dou Tua 2018 que foi engarrafado há pouco mais de um mês é um branco bem gastronómico, sendo seco com acidez média-elevada, bem integrada e um final médio que acompanhou muito bem uns mexilhões (mas tem poder para coisas mais pesadas). Já o robalo foi acompanhado pelo Carvalhas 2017 branco que tem uma madeira de grande qualidade já bem integrada (mas ainda bem notória) e com uma acidez que equilibra o vinho de forma magnífica e com um final de boca muito prolongado (daqui por uns anos quando se notar menos a madeira vai ficar ainda melhor).

De seguida provaram-se três tintos, o Dou Tua tinto 2015, um douro com aroma a frutos vermelhos maduros, algum vegetal seco e até um ligeiro chocolate, com madeira pouco notória e um corpo médio +, com taninos bem polidos, acidez equilibrada e final médio a prolongado. Mapa Vinha Cristina 2014 com um aroma a frutos vermelhos frescos com alguma madeira, que também é um pouco notória na boca mas onde aí ganha evidência a enorme frescura deste vinho. O Foz Tua 2014 é daqueles tintos durienses impossiveis de não se gostar, pois tem tudo no sítio, aroma floral e a frutos vermelhos maduros muito cativante e uma boca encorpada mas sem excessos, taninos polidos, madeira pouco notória, e uma acidez suficiente para equilibrar o vinho, mesmo tendo 15º de álcool, e um final de boca prolongado!

O final da tarde acabou como se começou, com bolhinhas, neste caso com um bom champanhe, o Didier Herbert Mailly Grand Cru que tem um aroma a citrinos, maças e pão a biscoito e uma boa mousse com uma boca seca, acidez alta mas bem integrada e um final médio-longo.

Texto de Opinião por Duarte Silva

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