Apresentação dos Novos Zafirah e Afluente – Constantino Ramos

Apresentação dos Novos Zafirah e Afluente – Constantino Ramos

No restaurante Bocados em Ponte de Lima decorreu a apresentação dos novos vinhos do Constantino Ramos. Um brilhante enólogo que é o braço direito do Anselmo Mendes em Monção e Melgaço e que ousou constituir um projeto nessa zona, tendo por base vinhos tintos capazes de mostrar que a região pode ter vinhos elegantes e fáceis de beber.

Além dos tintos, também tem um alvarinho de grande qualidade, do qual fizemos uma vertical completa:

Afluente 2019 – aroma de intensidade médio a citrino (laranja a toranja), um pouco mineral e também ligeira madeira, a boca gorda com ligeiros amargos, acidez alta mas muito bem integrada e final muito longo. Vinho com grande potencial em que a madeira ainda se nota um pouco no aroma mas a mim, já não incomoda, claro que com mais um ano ou dois ainda vai ficar melhor (18).

Afluente 2018 – Aroma mineral muito contido, boca com corpo médio, acidez elevada e final longo. Penso que quem tiver devia tentar guardar por mais um ou dois anos.

Afluente 2017 – aroma a laranja, um pouco mineral e pareceu-me ter já um ligeiro querosene, boca com corpo médio, acidez elevada mas muito bem integrada e final longo. Vinho num estado de evolução que me agradou bastante, diria que quem gosta de alvarinhos só com uma ligeira evolução deve beber agora ou num espaço de um a dois anos.

Seguiram-se os tintos:

Zafirah 2020 – aroma exuberante a frutos vermelhos, vegetal, corpo leve, tanino e álcool baixo com acidez elevada e final longo (17). A melhor colheita de sempre do Zafirah, está delicioso e viciante.

Zafirah 2017 – aroma complexo e difícil de definir, corpo leve, acidez média a elevada e final médio a longo. Vinho que prova que os vinhos verdes tintos podem durar bem mais do que um ou dois anos, que era o normal na região.

Zafirah Vinha da Rocha 2019 – cor ainda mais aberta do que os vinhos anteriores, aroma a frutos vermelhos, vegetal e ligeira madeira, corpo médio menos, tanino baixo e fino e final muito longo (18). Um vinho que é a nova referência no que se refere aos vinhos tintos na região dos Vinhos Verdes. Tem 11 meses de barrica nova de grande qualidade, que não o marca em demasia, mas arredonda um pouco o vinho, dá mais complexidade e classe. Daqui por um ou dois anos ainda será melhor, se conseguir o guardar!

O Anselmo Mendes mostrou o caminho com o Pardusco, e desde aí apareceram mais produtores com tintos, sendo que foi com o Constantino que ganhou consistência e subiu a um nível de excelência e mostrou que de facto este é um caminho possível para os tintos da região. Sei que já há vários outros produtores de Monção e Melgaço que plantaram castas tintas e em breve haverá mais novidades. O futuro dos vinhos tintos da região dos Verdes parece que definitivamente vai encarreirar para a qualidade e o sucesso.

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Os Cegos por Provas nasceram através da plataforma Facebook, apaixonados pelo vinho, o grupo desenvolve vários eventos vínicos a nível nacional.