À mesa com Diana Silva e o Ilha 2018.

À mesa com Diana Silva e o Ilha 2018.

Estar à mesa com a Diana é um enorme prazer, mas estar à mesa com a Diana e os seus Ilha, é a cereja no topo do bolo.

Fomos até ao restaurante Pitéu na Graça, para conhecer a nova colheita do Ilha. Antes dos vinhos, um pouco da história do Ilha de Diana Silva.

Vai agora na segunda edição deste projecto e já começam a chover muitas novidades, o que nos mostra que este projecto está a crescer a olhos vistos e que o público está a dar espaço a estes vinhos nascidos na Madeira pela mão da Diana, para este ano, para além da trilogia já conhecida de Tinta Negra (Branco, Tinto e Rosé), junta-se o Verdelho e o E.

Para quem, como eu, tem acompanhado desde o início este projecto da Diana, não poderia deixar de estar em pulgas para colocar o nariz dentro dos copos e ver o que nos trazia esta nova edição. Vamos então sentar-nos.

Começámos pelo Ilha Blanc de Noir 2018, um vinho branco feito com a casta tinta Negra, e…não podíamos ter começado melhor, este vinho branco feito a partir de uma casta tinta, é simplesmente brilhante, de uma elegância digna de passadeira vermelha, aromas deliciosos de fruta de polpa, com notas de caroço, mineralidade, frescura, leve perfume de Flor branca, tudo bem casado e simplesmente delicioso. 17,5pts

Fomos então ao Verdelho 2018, a nova jóia da Diana, e que jóia, um vinho que nos faz acordar de imediato, frescura, tensão, profundidade, acidez, tudo o que se pode pedir num bom vinho branco. Com notas de fruta cítrica, com ligeiros toques tropicais, com uma excelente estrutura, tudo perfeito e complementado por uma explosão na boca, onde está tudo tão bem definido que mesmo a acidez altíssima deste vinho, passa a ficar tudo ligado. 17,5pts

Passando aos tintos, chegou a vez do Ilha Tinta Negra 2018, o tinto da Trilogia, pouca extração, cor leve brilhante, aromas de fruta vermelha, silvestre, morangos, campo verde, muita frescura. Na boca é a frescura que se destaca, com elegância, tanino macio, final de boca com profundidade e termina longo com notas de flor vermelha e fruta silvestre. Um jovem tinto que quer ir para a mesa. 17pts

Agora a vez do Ilha Tinta Negra 2017 E, o E é de Especial, especial porque é a versão do Ilha Tinta Negra 2017 mas com passagem em aduelas de barrica, a Diana após algumas experiências, colocou parte do lote em aduelas de barricas de carvalho francês novas e sai assim o E numa edição ainda mais limitada, cerca de 1000 garrafas. Nesta versão, temos um Ilha Tinta Negra mais maduro, o que nos leva a crer que a sua guarda tem um excelente potencial, para além da guarda, é no nariz que notamos a maior diferença, embora subtil, notamos a fruta mais presente, com algumas notas de fumado e tostado ligeiro, o vinho fica nesta versão um pouco mais “gordo”, mantendo as suas raízes iniciais quer nos aromas quer na prova de boca. 17,5pts

Da gama Ilha, ficou a faltar provar o Ilha Tinta Negra Rosé 2018, que estava a ser preparado para ser enviado para o Continente. Iremos estar na sua companhia em breve e voltarei aqui!

Conclusão: O projecto da Diana, o Ilha, está mais “maduro” está mais tudo, o que nos deixa cheios de vontade de ver o que vem a seguir! Ansiosos já pela próxima!

Miguel Silva

Tags: 2018, Diana Silva

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Os Cegos por Provas nasceram através da plataforma Facebook, apaixonados pelo vinho, o grupo desenvolve vários eventos vínicos a nível nacional.

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